Depois de discutirmos uma série de questões acerca
das mudanças de hábitos e o desenvolvimento humano, seguem algumas sugestões de
novos hábitos a serem implementados, visando o alcance de novos resultados na
vida das pessoas.
No âmbito
financeiro, um hábito simples, que pode ser adotado por todos, é a organização
das finanças através de uma planilha onde deverão ser discriminadas todas as
despesas diárias, a fim de contabilizar o gasto mensal.
Uma vez
que as despesas diárias sejam verificadas, é possível realizar um levantamento
mensal e, consequentemente, a verificação de quais as despesas que são ou não
necessárias, pois, com uma visão mais direcionada, será possível se tornar mais
consciente quanto ao consumo, passando a comprar apenas o que de fato for
necessário ou relevante.
O
problema crônico do mundo moderno, como dito anteriormente, é o excesso de
informação que chega a todo o momento para as pessoas e, com ele, o consumismo
aflora. Sejam adultos ou crianças, todos sentem a vontade do “ter” e, com isso,
o desequilíbrio financeiro é mais acentuado.
Ter o
controle de todas as despesas, e o saldo final mensal e/ou diário, possibilita
direcionar despesas até mesmo para um eventual supérfluo e, assim, não perder
as contas ao fim do mês.
A
construção de relações profissionais significantes, a leitura diária, a
persistência através da aprendizagem das falhas, a transformação da utilidade
do celular como uma sala de aula, são hábitos que podem se tornar rotinas e,
consequentemente, possibilitar o desenvolvimento profissional, assim como
verificar como está se saindo em relação a sua cooperação e trabalho de equipe.
Muitas
vezes, não damos muita atenção à forma como agimos e, de maneira diversa,
poderíamos evitar inúmeras discussões e problemas atrelados ao nosso dia-a-dia,
encarando o real sentido de cada conversa, uma vez que a intenção seria a de
“ouvir”, entendendo o que está sendo dito, e não somente escutar e responder.
Tendo em
vista a necessidade de mudança desse hábito, seria possível dizer que
precisamos exercitar diariamente o ato de entender o outro para depois sermos
entendidos, começar a escutar com empatia e, assim, passaríamos a ter, sem
dúvida alguma, resultados extraordinários a cada nova conversa.
No âmbito
pessoal, também verificamos como hábito interessante a ser adotado é a
dissolução de relacionamentos com pessoas que nada agregam à vida dos
indivíduos. Talvez, este seja o passo mais difícil da mudança, uma vez que as
relações afetivas envolvem não apenas o racional, mas o aspecto sentimental
que, na maioria das vezes, é fator preponderante para que o indivíduo evite a
mudança.
Para
passar por esse momento confuso de um relacionamento que não nos faz bem, é
importante podermos contar com pessoas em quem confiamos. Peça ajuda a seus
amigos e familiares, explique a situação e conte com o apoio deles para
resistir. A visão de pessoas externas ao relacionamento, mas que conhecem a
história pode ser relevante para a sua decisão e até lhe mostrar ângulos que
você não tinha percebido.
Outro
aspecto importante é o pessimismo.
Pare de
reclamar e veja sempre as coisas pelo lado positivo, associe-se com pessoas
positivas, animadas, que lhe querem bem; pratique um esporte que auxilia o
corpo na produção de endorfina que lhe proporcionará sensação de bem-estar e
redução do stress.
É importante ressaltar que não se trata de
ignorar a realidade dos fatos, nem tampouco afirmar que tudo irá acabar por dar
certo ou correr bem, ou que, afinal, aquilo que aconteceu não é assim tão
terrível (quando na realidade é). Não se trata de transformar algo ruim
em muito bom, não se trata de encarar tudo com um sorriso nos lábios, ou
simplesmente dizer que melhores dias virão (ainda que isto possa acontecer).
A
positividade é esforçar-se e reagir frente às situações, sempre procurando ver
possibilidades e outros caminhos no momento do enfrentamento do problema. As
pessoas pessimistas tendem a sentar pelos cantos e amargar a derrota; os
otimistas põem a cabeça no lugar e buscam alternativas para o enfrentamento do
problema.
Não deve
ser deixada de lado a mudança de hábitos inerentes à saúde do individuo. Na
correria do dia-a-dia, as pessoas se esquecem de colocar em prática ações
simples como manter-se hidratado, exercitar-se regularmente, evitar se
estressar por qualquer razão e, até mesmo, ter uma boa noite de sono.
Este
também é um ponto importante.
Os
exercícios físicos são a principal fonte de energia do corpo humano, uma vez
que os sedentários tendem a se sentirem mais prostrados e desanimados, enquanto
aqueles que praticam exercícios regularmente são mais dispostos, animados e
criativos.
A
literatura sugere que pessoas criativas, algumas vezes, usam os exercícios para
superar bloqueios mentais ou falta de inspiração – afirmou um psicólogo em
entrevista ao jornal britânico “The Telegraph”. – De fato, autores como
Henry James e Thomas Mann costumavam caminhar antes de começar a escrever.
Por fim,
mas não menos, importante é o aspecto religioso ou espiritual. Ainda que você
não tenha uma religião ou não acredite em nada, apegue-se a algo para seguir em
frente e mudar. Atletas de tênis (alguns deles ateus), por exemplo, fazem
questão de cumprir certo ritual nas quadras para o êxito na partida.
Procure
se apegar a algo para que seu inconsciente busque forças imateriais e
incorpóreas que, embora não sendo tangíveis, do ponto de vista psicológico,
podem lhe auxiliar.
Por Soraya Salomão - Coach.
Este artigo é de responsabilidade exclusiva da autora